O teatro surgiu a partir do desenvolvimento do homem, através das suas
necessidades. O homem primitivo era caçador e selvagem, por isso sentia
necessidade de dominar a natureza. Através destas necessidades surgem
invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. O
teatro primitivo era uma espécie de danças dramáticas colectivas que
abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de ritual de
celebração, agradecimento ou perda. Estas pequenas evoluções deram-se
com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar
rituais sagrados na tentativa de apaziguar os efeitos da natureza,
harmonizando-se com ela. Os mitos começaram a evoluir, surgem danças
miméticas (compostas por mímica e música).
Com o surgimento da civilização egípcia os pequenos ritos tornaram-se
grandes rituais formalizados e baseados em mitos. Cada mito conta como
uma realidade veio a existir. Os mitos possuíam regras de acordo com o
que propunha o estado e a religião, eram apenas a história do mito em
ação, ou seja, em movimento. Estes rituais propagavam as tradições e
serviam para o divertimento e a honra dos nobres. Na Grécia sim, surge o
teatro. Surge o “ditirambo”, um tipo de procissão informal que servia
para homenagear o Deus Dioniso (Deus do Vinho). Mais tarde o “ditirambo”
evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e pelo corifeu, eles
cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A
grande inovação deu-se quando se criou o diálogo entre coreutas e o
corifeu. Cria-se assim a acção na história e surgem os primeiros textos
teatrais. No início fazia-se teatro nas ruas, depois tornou-se
necessário um lugar. E assim surgiram os primeiros teatros.
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