No
dia 28 de agosto de 1951, uma assembléia histórica no Sindicato dos
Bancários, contando com a presença de 28% da categoria, decidiu ir
à greve para conseguir seus direitos. A greve foi deflagrada e logo
duramente reprimida. O DOPS prendia e espancava os grevistas. Em todo
o Brasil a manipulação da imprensa levou os bancários de volta ao
trabalho, mas a categoria em São Paulo resistiu e, em conseqüência,
a repressão aumentou. Somente após 69 dias de paralisação, a
categoria arrancou 31% de reajuste. Após o término da paralisação
a repressão foi ainda mais acentuada. Centenas de bancários foram
demitidos e as comissões por bancos foram desmanteladas pelos
banqueiros. Mas, como resultado mais positivo, a greve de 1951
colocou em xeque a lei de greve do governo Dutra e provocou, também,
a criação do Dieese em 1955.
Hoje,
os bancários precisam mais uma vez inovar nas respostas aos
constantes ataques de que são alvo. Com a queda nas taxas
inflacionárias, o estreitamento da margem de negociação e a
diversificação do mercado financeiro após o Plano Real, novas
táticas de convencimento, mobilização e luta precisam ser
adotadas, principalmente na discussão dos índices de recomposição
salarial. Mas esse novo modo de encarar a campanha não se resume,
pura e simplesmente, às necessidades salariais da categoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário